sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Ontem, durante a mensagem ecumênica + auto de natal no meu trabalho, confesso que fiquei pensando no quanto a história que deu origem ao cristianismo é épica. Tem elementos das melhores tramas, é cativante e você fica realmente comovido com algumas das cenas.
Um povo oprimido por um governante de outra nacionalidade, sem autonomia política, pagando impostos e tendo que fazer coisas sem lógica apenas para satisfazer um capricho do imperador, como viajar nãoseiquantos quilômetros com uma esposa grávida só para ser recenseado. Aí a esposa entra em trabalho de parto e por falta de lugar para se hospedar, acaba parindo o filho entre animais.
(Não vou entrar aqui no mérito das questões de fé, como a concepção virgem e a anunciação, minha intenção não é discutir religião em si. Mas sim, imaginem o quanto José deve ter sido chamado de corno por aceitar casar com uma mulher já grávida)
Sim, a história é emocionante e envolvente. Aí beleza, teve as mensagens dos pregadores de três religiões diferentes, teve o auto de natal...
E AÍ COMEÇOU A DEMAGOGIA DE DIZEREM QUE "AQUI NO TRABALHO SOMOS UMA GRANDE FAMÍLIA"
Olha, sabe quando você observa uma gravura LINDA de morrer e de repente parece que alguém pegou uma caneta e riscou bem na cara de alguma das pessoas retratadas? Então.
Não, por favor. Trabalho é trabalho, família é família. Amigos são amigos. Você pode até trabalhar com pessoas da sua família, se tornar amigo de algum colega de trabalho ou um amigo seu pode vir a ser parte da sua família. Mas não. Esse conceito de "aqui é uma família" está muito equivocado.
Estragaram uma das poucas chances de eu me sentir novamente à vontade com mensagens de Natal, obrigado.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
De sexta para sábado dormi 4h. De sábado para domingo, 5h. Ontem era para ter começado a caminhar. Não fiz almoço em casa (embora no restaurante tenha enchido meus estômagos de folhas e grelhados e nada de carboidrato).
Comecei muito bem a cumprir com a tarefa, vaidizê.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Essa semana, em uma mesa de bar, três pessoas conversávamos. Aconteceu de os três estarmos empolgados planejando uma viagem para o próximo ano e para um lugar que eu já fui e tenho, modestamente, bastante conhecimento. Eis que, no auge da minha empolgação, fui atravessado por um dos interlocutores, que passou a requerer para si o holofote. Com um assunto completamente alheio ao que tratávamos, o que ficou parecendo aquele arranhado da agulha do toca-discos sobre o LP, quando da troca por outro disco.
Optei por me calar, em vez de fazer o que normalmente eu faria: aumentar a voz e dizer "ENTÃO, COMO EU ESTAVA DIZENDO..."
Tive a atenção da plateia abruptamente arrancada. Na hora, o que me veio à cabeça é: será que só eu achava que estava agradando e na verdade não estava e eu sou apenas um chato repetitivo? Preferi não competir por atenção. Vou ter momentos oportunos para voltar ao assunto e para ser laureado pelos outros pelo meu savoir-faire.
Mas confesso que fiquei magoadinho. Mágoa de histérico, sabem? Aquela que dá vontade de fazer um bico e não mais me pronunciar pelo resto da noite. Mesmo a mágoa passou e agora eu sei que calar-me foi a melhor opção. Qual seria meu troféu, caso eu "ganhasse" a atenção dos interlocutores? Nada muito edificante, de todo jeito...
Estarei finalmente amadurecendo? Tomara, tenho 32 anos e uma hora isso tem que acontecer. Fiquem atentos para mais bons comportamentos meus.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Mais de 2.500km em um carro com pai+mãe+avó+irmão+eu e chegamos naquele lugar desconhecido. A cidade ainda tem um ar de província, com uma pequena área no centro que ainda preserva o casario da época que o lugar era uma parada de tropeiros, ruas de paralelepípedo, uma igreja matriz com toda a pompa colonial de ser uma imitação muito exagerada (beirando o cafona) da catedral na capital, as feições das pessoas que lembram uma vila da Europa Oriental. Tudo muito diferente da árida Chapada Diamantina, onde eu tinha morado os três anos anteriores.
E exatamente no dia da chegada, tive uma das minhas muitas manifestações de enjoo. Enquanto todo mundo foi para a casa nova, apreciar o que eu considero como o lugar mais aconchegante que eu já morei e correr atrás de prepará-la para a chegada da mudança, fiquei trancado no quarto do hotel, esverdeado, vomitando o que não tinha mais no estômago.
Acho que meu corpo nunca lidou bem com mudanças. Talvez eu só vá ter tranquilidade quando eu puder nunca mais passar por surpresas na vida.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Seguinte: com o avanço dos anos, é lógico que cada um de nós está mais próximo, pelo menos estatisticamente, do fim da vida. E por mais que seja um tabu, uma dor, uma ferida, uma perda etc., a morte é *ATENÇÃO PARA O CLICHÊ DOS CLICHÊS* realmente a única certeza que qualquer ser humano pode ter a respeito da sua vida.
(Clichês existem e sim, muitos deles são verdadeiros. Me processem)
Enfim, por mais que nós, assim como alguns personagens míticos modernos das sagas O Senhor dos Anéis e Harry Potter, tentemos enganar a morte, um dia ela vem. E por que não pensar nela antes que aconteça?
O fato é que, devido a algumas condições de saúde pelas quais passei esse ano, tenho me percebido bem interessado no assunto. Encontrei alguns sites de planos funerários e fiquei intrigado (e confesso que até achei divertido) com a chuva de eufemismos para lidar com o assunto. Tais como:
"Plano de vida" em vez de plano de assistência funerária
"Local de descanso final" em vez de cemitério, urnário, ossário etc.
"Salão de despedida" em vez de capela ou salão mortuário
Além dos eufemismos, achei engraçados alguns termos e conceitos, tipo a lanchonete de um cemitério de Goiânia, batizada de "Café com Orquídeas". E este cemitério, é lógico, nem é chamado de cemitério, no site você encontra o termo "Complexo de Cerimoniais".
Como se quisessem maquiar a morte. Belos jardins à beira de um lago no centro do "complexo", vários pequenos quiosques pergolados com flores trepadeiras fazendo sombra, quase uma visão de um jardim inglês do século 19. As recepções das salas de velório parecem mais com consultórios de clínicas de beleza, com muito mármore e granito, não daqueles escuros, encontrados em cemitérios tradicionais, mas pedras brancas, bem polidas, carrara, travertino e similares.
Eu diria até que é quase como se quisessem que os familiares, amigos e eventuais puxa-sacos do morto pudessem passar uma agradável tarde em um SPA urbano, tomando chá com petit-four no jardim de inverno, debaixo do pergolado à beira do lago.
Não que a dureza e a tristeza da morte devam ser enaltecidas. Mas não acho de bom tom esse faz-de-conta que o morto só está repousando numa bela campina.
domingo, 27 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Mas nada consegue se interpor entre mim e a tri-fronteira. Descobri meu amuleto contra ansiedade: pensar nessa viagem.
Ou pensar em viagens. Nasci para por o pé na estrada, só me falta mais dinheiro.
sábado, 12 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
"Itadakimasu", partiu os hashis. Molhou com calma cada peça em shoyu e comeu, sentindo o sabor familiar de arroz, peixes e algas. O sabor se misturou com lembranças. Para ele, era como se as últimas décadas fossem uma brincadeira. Aquela parecia a última refeição dessa fase despreocupada de sua vida. Tudo estava por mudar e aquela noite era como um ritual de passagem.
Durou ao todo 15 minutos. Concluiu o jantar, pousou os hashis na borda do prato de melamina imitando madeira laqueada, "gochisosama".
E olhou para aqueles dois comprimidos. Como em Matrix, quando Neo escolhe o vermelho ou o azul. Mas ele não tinha escolha, teria que ser os dois, ao mesmo tempo.
A escolha já havia sido feita. Ele escolheu viver.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
E eu acho estranho isso. Ao mesmo tempo que dizem que não pareço ter mais de 30 anos, me esfregam na fuça que meus interesses, gostos (artísticos, culturais etc.) e hábitos são de uma pessoa de quase meia idade. Aí eu fico confuso, não sei se tenho o direito de gostar dos filmes e músicas que marcaram minha vida ou se tenho que (pelo menos fingir) estar antenado com todas as novidades pop dos anos 2010.
O que é mais estranho é que exatamente as mesmas pessoas que dizem que meu gosto musical, cinematográfico, cultural etc. é de velho, têm seus ícones altamente datados e imutáveis, como pokémon, sailor moon, super mario, t.A.T.u., avril lavigne, jogos mortais...
Talvez as pessoas mais novas (ou talvez todas as pessoas) costumem pensar que seus gostos são os melhores e todo o resto não presta ou é velho demais. Será que quando eu estava nos meus vintepoucos anos eu também era assim? Medo.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Combati o bom combate, terminei a minha corrida, guardei a fé. Este trecho da bíblia, do 2º livro de Timóteo, esteve por muitas décadas no jazigo do lado húngaro da família. Por algum motivo, retiraram a citação em húngaro e isso, a meu ver, foi uma perda da história da família, mas quem sou eu né? Nem religioso eu sou...
Enfim, uma coisa que sempre digo é que minha família só se reúne em funerais. Nem casamentos, nem batizados, nem aniversários de primeiro ano, nem nada, só em funerais mesmo. E é justo nesses momentos que o lado mais obscuro do ser humano se revela; as intrigas e suspeitas, as teorias da conspiração e, claro, altíssimas doses de culpa e remorso.
Algo relativamente comum nessas situações é a conhecida frase: "mas quem cuidava do fulano não devia ter feito assim, vai saber se ele não tinha mais uns anos de vida". E sabe, refletindo sobre o conteúdo implícito dessa frase, fico realmente confuso com os limites da fé. E sobre os limites da maldade também.
Ora, quem tem fé não diz que é somente deus quem tem o poder de retirar a vida de alguém? E que somente ele sabe a hora de cada um? Respondam-me então: se quem decide tudo no final é deus, como assim "o vô morreu porque deixaram ele numa clínica em vez de cuidar em casa"? Foi uma falha humana ou foi a hora certa, já escrita antes do nascimento, de deixar a vida?
Ok, eu entendo que na hora do sofrimento, talvez como mecanismo para aliviar a dor de perder uma pessoa amada, todo mundo só quer achar um culpado. E já que, devido à natureza infalível do conceito de deus, não dá para culpá-lo, as pessoas acham-se no direito de culpar justamente a pessoa que mais teve amor para com o finado e assumiu os cuidados nos últimos tempos de vida dele.
Mas mesmo um mecanismo anti-sofrimento deve ter um limite. Não dá para sair, cruelmente, julgando como própria ou imprópria a forma como o defunto foi cuidado pelo familiar que se encarregou disso. Assumam suas dores, se acreditam em deus, aceitem que não foi obra humana a morte daquele parente amado. Se quiserem culpar outro ser humano pela morte, aí fica feio acreditar em um deus sábio que não tira ninguém da vida antes da hora certa. As duas ideias simplesmente não casam.
É muito fácil julgar os cuidados com um moribundo como sendo inadequados, quero ver se os críticos de plantão teriam o mesmo peito de assumir essa responsabilidade, árdua e dolorosa, de cuidar para que o restante de vida do familiar seja digno e de qualidade.
Dizer que seres humanos são contraditórios não é novidade. Mas a crueldade tem que ter um limite. Quem morreu, já se foi mesmo, já combateu seu bom combate, terminou sua corrida. Quem fica, sofre, todos sofrem. Não é justo imputar mais sofrimento a alguém simplesmente por não aceitar uma perda.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Quando passei a trabalhar seis horas por dia em vez de oito, comecei a me sentir mini-ocioso. Tudo que eu pensava que daria tempo para fazer e resolver, como ajeitar os detalhes que HÁ UM ANO eu já deveria ter ajeitado em casa, acabou que não tenho feito nada de tão importante no meu tempo livre.
Aí vem aquela sensação de inutilidade. E aí eu começo a lavar roupas e louças, obsessivamente. Faxina não é parte da minha obsessão, mas louças e roupas sim. Só que né? Louça e roupa de duas pessoas chega uma hora que acaba. Cachorro para passear? Não, obrigado. Prefiro meu gato. Ele me morde e me arranha, mas a melhor parte de um gato é que ele não é um cachorro.
E dormir. Sim, tenho dormido muito mais do que qualquer pessoa normal da minha idade.
Pensei em diversas coisas para ocupar meu tempo livre: fazer uma pós-graduação a distância, estudar um novo idioma, ir para a academia, fazer aperfeiçoamento de piano, abrir uma clínica e complementar a renda etc. E como minha vida se baseia em dois critérios ("se dá trabalho" e "se custa caro", mas mais "se dá trabalho"), pós, academia e clínica rodaram bonito.
As duas ideias que sobraram, o novo idioma e o piano, foram postas à prova das opiniões alheias. Namorado apoia o piano, terapeuta apoia o piano, duas amigas apoiam piano.
Ok, voltarei a estudar piano. Mas com uma condição: quero ter o direito de usar roupas brilhantes igual Liberace. Luxo feat. Poder and Sedussam.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Aí hoje um virtuamigo do twitter (abracinho procê, @_Brito =^.^=) postou essa foto, sugerindo como decoração de parede:
Quero mudar minha opinião sobre adesivos de parede porque achei essa ideia linda e emocionante e chega senão eu choro.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
1º: EU NÃO SOU ATOR
Como eu já pontuei anteriormente em duas postagens distintas, minhas habilidades artísticas, especialmente de arte performática, beiram a nulidade. Entro em pânico apenas com a ideia de interpretar o que quer que seja, especialmente se tiver cunho humorístico, o que nos leva à consideração número dois:
2º: ODEIO PARÓDIAS/SÁTIRAS/ENGRAÇADICES
Meu ódio é intensificado quando a sátira ou paródia é feita por semi-amadores-semi-profissionais, gente comum, gente como a gente que resolve mudar algo que é clássico ou existente para tornar engraçado;
3º: EU SOU ATEÍSTA
Auto de Natal, contando história da anunciação, da imaculada concepção, nascimento humilde e rejeitado e adoração pelos magos do oriente, simplesmente não me comove nem me convence. Desculpa, mamãe, desculpa sociedade, desculpa irmão mais velho presidente de pastoral da família, mas eu sou assim. Nem mesmo mudando o auto de natal tradicional para algo mais... digamos... regional e atual (UM AUTO DE NATAL TOCANTINENSE [???])... o que nos leva à 4ª e última pontuação:
4º: ARIANO SUASSUNA E JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Sim, eles já fizeram, cada um deles, autos de natal em tempos contemporâneos e em locais inusitados, como Paraíba e Pernambuco.
Primeiro fui convidado a interpretar um papel. Dado meu VISÍVEL desconforto, o convite mudou para trabalhar nos bastidores. Vendo que eu continuava resistente, a cartada final foi:
"Não precisa ser religioso, é para a ~INTEGRAÇÃO~ entre nós funcionários, o resgate do sentido de ~FAMÍLIA~ já que nós aqui ~SOMOS~ uma família".
Óbito
Data: 25/10/11
Hora: 11:00
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Mas no feriado do dia 12 de Outubro ela foi para Buenos Aires e postou no blog dela o quanto a viagem foi uma droga. Assim...
BUENOS AIRES.
BUENOS FUCKING AIRES.
Como, eu me pergunto, COMO alguém consegue não gostar de Buenos Aires? A capital sulamericana da diversão, da comida e da bebida barata, da melancolia chic-decadente, um oásis de cultura mista euro-ameríndia, liberal até dizer chega e, paradoxalmente, apegada às raízes históricas e à tradição? C.O.M.O?
Não sei mais se respeito a tal blogueira depois disso.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
(Xô doença eu sei me cuidar, xô doença eu sei me cuidar DESGRUDA DO MEU CÉREBRO, PARÓDIA INFERNAL)
Dei uma olhadinha para baixo, do mezanino do meu andar e me peguei sorrindo... sabe, achei bonita a disposição inclusive daquela colega hiper tímida usando um chapéu de menestrel que as pessoas usam para assistir aos jogos da Copa. Por dois segundos pensei que talvez eu poderia ser diferente e animado e não me importar com o ridículo, mesmo porque é um ridículo controlado, com um objetivo nobre. No terceiro segundo de pensamento me veio a seguinte frase:
"Não, eu não sou assim".
Acho bonito quem é, mas eu não sou.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Total sem motivo. Ontem tive uma noite muito agradável com alguns dos melhores amigos que tenho na cidade, dei risada demais, bebi talvez um pouco mais do que deveria... meu casamento, depois de uma super depressão semanas atrás, está voltando aos eixos e está tudo bem...
E aí me vem esse sentimento estranho, do nada. Não é tristeza, não é vazio. Tampouco é um sentimento bom. Tento identificar se quero chorar ou não, parece que não quero, não vem o nó na garganta e os olhos não inundam. Não consigo me imaginar contando uma piada também.
Não é saudade também, embora ela esteja sempre presente ultimamente, pois desde julho que não vejo minha família e os amigos do coração que ficaram para trás quando me mudei para cá.
Percebam que estou dizendo como não me sinto em vez de dizer como me sinto. Quando eu estava na faculdade, lembro de uma professora que dizia que fenômenos devem ser descritos positivamente em vez de pela negação de outros fenômenos. Ainda bem que estou falando fora do ambiente científico, porque a única forma de contar sobre o meu sentimento, é explicar os meus não-sentimentos.
Só sei que nas poucas vezes que fico desse jeito, bate forte a vontade de dormir e só acordar em janeiro do próximo ano. Já pode?
domingo, 9 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Piano Sonata No. 8 - Pathétique mov 2 - (Beethoven) from Xemdryam on Vimeo.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Acontece que essa conversa me provocou um sentimento que já tive várias vezes, mas que fazia tempo que não me ocorria: saudade do que nunca aconteceu.
Quando eu era criança, eu assistia ao filme Os Goonies (e isso me ensinou a AMAR Cyndi Lauper) e chorava muito. Porque eram crianças tão parecidas comigo, tímidas, CDFs (termo antigo para os chamados geeks hoje em dia), sofriam bullying... os pais dos meninos sofriam bullying também... aí de repente eles encontram um mapa do tesouro e vivem aventuras maravilhosas e todo mundo deixa de sofrer bullying E EU MORANDO NAQUELA PORRA DE PALOTINA VIVENDO AVENTURAS COM MEU PLAYMOBIL.
Aí com a adolescência e a vida adulta e a partir dos milhões de documentários e filmes e livros e mapas sobre Paris, eu chorava também. Uma versão adulta da tristeza que sentia assistindo Os Goonies, digamos.
Conheço Paris a partir de diversas fontes, menos a que seria a mais fidedigna: uma visita à cidade. E a saudade do que nunca aconteceu bate forte.
Paris está lá, linda na Primavera. E eu aqui, fazendo dança da chuva por seis meses e dança da seca por outros seis.
O interessante foi o que o eu-onírico pensava disso: "mas é impossível, como eu consigo voar? como eu consigo controlar o voo e não tombar, como é isso de voar em pé?"
Psicanalistas, deitem em rolem ok. Não estou tentando entender o sonho, mas encontrei uma "moral da história" mais ou menos assim:
1- Quando consigo pela primeira vez na vida voar, tem que ter um pensamento derrotista
2- Voar não é estranho, mas voar em pé sim. Ou seja: até que eu posso voar, mas do jeito certo
Achei auto-crítico.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Ontem e hoje estou com essa impressão. E confesso que estou com um puta medo de alguém chegar e perguntar 'hey, o que aconteceu para você estar com essa cara?'
Eu desmontaria.
domingo, 25 de setembro de 2011
Talvez seja pior isso do que fazer o drama da personalidade histriônica. Se fosse drama era só não dar atenção que passava. Eu não queria atenção. Eu queria que o mundo sumisse da minha frente. E ainda não sei se essa vontade diminuiu, sendo sincero.
Sinal de que talvez eu precise um psiquiatra também. Ou uma camisa de força e eletroconvulsoterapia.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
1- A colega que trouxe o aromatizador para
2- Eu ODÍO dinâmica de grupo;
3- Eu TETESTO esse clima amistoso fake, em que todo mundo finge que gosta de todo mundo;
4- Eu NUM SUPURTU as rasgações de seda e babações de ovo semanais;
5- O chefe do chefe foi convidado para os cafés da manhã de sexta e esse homem me dá pânico.pavor.calafrio.micagotodo.
Querem tomar café da manhã coletivo? Beleza, só não me peçam para ser animado, festivo, amistoso e de bem com a vida.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Nesse processo, percebi um negócio interessantíssimo: as maiores diferenças, as mais drásticas, parecem ser mais fáceis de se habituar. Sei lá por que, talvez por eu ser curioso e atraído por novidades, mas tenho adorado descobrir detalhes do local e do modo de vida daqui.
E por outro lado, as diferenças mais sutis têm sido mais difíceis de me acostumar. Aquilo que parece tão familiar, mas quando você vê de pertinho são diferentes, mais intensas...
Conclusão meio auto-ajuda: os pequenos detalhes são os que fazem as maiores diferenças.
(Você já foi menos piegas nos seus escritos, Juliano)
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
E olha que eu não odeio as pessoas envolvidas no episódio. Só tenho horror a esse mundo em que qualquer.pessoa.pode.ser.boa.basta.querer. Tenho medo de ser tudo Stepford Wives ou, como diz uma amiga muito querida, sepulcros caiados.
De onde vem esse medo, da minha mentalidade paranóica? Não. A colega dos perfumes, na verdade, trouxe o produto porque além de ser benevolente e pensar no bem estar de todos no setor, ela é representante da marca de perfumes e isso é uma amostra para caso alguém queira comprar os produtos dela.
Mundo das cores escondendo a vileza em preto e branco.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Há algumas semanas, soube que a administração superior do órgão em que eu trabalho iria discutir as atribuições do meu cargo.
www.morri.fuienterrado.ressuscitei.com.br
Já pensei em todas as perseguições das quais eu poderia estar sendo vítima, em todas as pessoas que me odeiam nesse serviço e me preparei para todas as teorias da conspiração subjacentes ao fato. Já estava até me imaginando sendo deportado para alguma micro-cidade na divisa com o Pará.
Aí hoje eu participei da reunião e a discussão foi algo que incluíram em pauta para que eu pudesse usufruir dos mesmos benefícios dos outros profissionais de saúde do órgão, como por exemplo a redução da jornada de trabalho.
Acho que não há ninguém que me odeia nesse serviço, então. E eu nem sou vítima de uma conspiração interestadual envolvendo o meu ex-empregador.
Vidinha besta essa sem paranoia.
domingo, 18 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Pois bem. Tenho uma dessas. E ela tem forçado contato com a família, especialmente depois da separação dos meus pais. E de saber que existe um patrimônio em partilha.
Palavra que define: MEDO.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Recebi um email, repassado por alguém que repassou para outro alguém que repassLOOPING que, supostamente, é o depoimento de um gay desse tipo.
Ele fala verdadeiras pérolas de homofobia. Tais como dizer que ok ser gay, só não pode ser bicha, que nunca foi incomodado por causa da sua orientação sexual por não dar bandeira, por torcer pelo Grêmio, gostar de carros e saber trocar chuveiros etc., que bichas tudo bem serem discriminados, pois o simples fato de ser como são já incomoda a sociedade, que as bichas querem sim instalar um Reino Cor-De-Rosa em que tudo é festa e promiscuidade... não lembro mais coisas porque senti tanto asco que apaguei o email, mesmo antes de terminar de ler.
Sabe, poucas coisas me deixam mais Q do que um gay homofóbico. Nem mulher machista eu acho que me deixa tão perplexo. Nem negro racista. Tudo isso é uma merda, mas gay homofóbico é além do meu alcance.
Cada pessoa, cada cidadão de direito, pode ser DO JEITO QUE QUISER. Pode usar roupa esdrúxula, pode falar errado, pode ser pobre, pode gostar de sertanejo, pode fazer cirurgia de mudança de genitália, pode pôr silicone, pode pintar o cabelo de amarelo, vermelho ou azul. O que importa é que perante a lei TODOS SOMOS IGUAIS. Desde que nenhuma lei seja desobedecida, todos podem ser como quiserem.
Nada justifica o preconceito, a segregação, a discriminação. Nada justifica a violência contra qualquer tipo de pessoa. Gays homofóbicos são do mesmo tipo de gente que uma mulher que diz que a outra foi estuprada porque também, olha só a roupa dela? Está pedindo para ser violentada!
NÃO.
A única coisa que o autor desse texto que recebi esqueceu de mencionar é que gays NÃO PODEM SER HOMOFÓBICOS.
E ponto.
Hoje a equipe de trabalho decidiu fazer um "convite animado" para um evento que será realizado em outubro: cantar uma paródia.de sala em sala.entregando convite
Só consegui contar isso para vocês porque anotei tudo. Parei de prestar atenção na parte em que falaram a palavra "paródia".
Lembrei das vezes que tive que dançar quadrilha na escola, todo o sofrimento para conseguir fazer os passos e ainda fingir que o sorriso no rosto era natural, espontâneo, animado.
Não nasci para ser animado.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Não é fácil lidar com a passagem do tempo. O presente te puxa para a realidade, o futuro, que ainda nem existe, acena dizendo onde você provavelmente não vai chegar e o passado... ah, o passado, sempre puxando a barra da sua camiseta, chamando atenção e mostrando “ei, você queria me esquecer, mas não vai consegui-ir”...
O passado é o mais malandro dos três. O mais visguento, grudento. Te prende, te define, te limita. Por mais que você mude de casa ou de cidade. Ou de estado. Ele sempre mostra sua cara. Não tem como esquecer e lidar com ele depende de você se forçar a lembrar muitas e prolongadas vezes.
Quero viver o meu presente. Queria fazê-lo sem interferência do passado. Merda, essa opção não está disponível.