sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O bom de ter um namorado artista é que quando ele surta, pira, emaluquece, eu surto, piro e emaluqueço junto.

E ele é um bom artista. Sou simplesmente MALUCO pelo trabalho dele. Conceito puro, um tapa na cara da sociedade que acha que arte tem que ser bela e prazerosa ao olhar. A arte dele é instigante, incômoda, fascinante, AMO MUITO.

Só tem esse bônus - quanto melhor a arte, mais maluquinho é o artista.

Meu lema de vida - instabilidade emocional: EMBRACE IT.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

No mercado eu vi promoção de adesivo para parede. Acho cafona, comentei isso com meu namorado etc.

Aí hoje um virtuamigo do twitter (abracinho procê, @_Brito =^.^=) postou essa foto, sugerindo como decoração de parede:

Quero mudar minha opinião sobre adesivos de parede porque achei essa ideia linda e emocionante e chega senão eu choro.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ontem fui convidado a fazer parte de uma encenação no fim do ano no meu trabalho, nos moldes de um Auto de Natal. Considerações:

1º: EU NÃO SOU ATOR

Como eu já pontuei anteriormente em duas postagens distintas, minhas habilidades artísticas, especialmente de arte performática, beiram a nulidade. Entro em pânico apenas com a ideia de interpretar o que quer que seja, especialmente se tiver cunho humorístico, o que nos leva à consideração número dois:

2º: ODEIO PARÓDIAS/SÁTIRAS/ENGRAÇADICES

Meu ódio é intensificado quando a sátira ou paródia é feita por semi-amadores-semi-profissionais, gente comum, gente como a gente que resolve mudar algo que é clássico ou existente para tornar engraçado;

3º: EU SOU ATEÍSTA

Auto de Natal, contando história da anunciação, da imaculada concepção, nascimento humilde e rejeitado e adoração pelos magos do oriente, simplesmente não me comove nem me convence. Desculpa, mamãe, desculpa sociedade, desculpa irmão mais velho presidente de pastoral da família, mas eu sou assim. Nem mesmo mudando o auto de natal tradicional para algo mais... digamos... regional e atual (UM AUTO DE NATAL TOCANTINENSE [???])... o que nos leva à 4ª e última pontuação:

4º: ARIANO SUASSUNA E JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Sim, eles já fizeram, cada um deles, autos de natal em tempos contemporâneos e em locais inusitados, como Paraíba e Pernambuco.

Primeiro fui convidado a interpretar um papel. Dado meu VISÍVEL desconforto, o convite mudou para trabalhar nos bastidores. Vendo que eu continuava resistente, a cartada final foi:

"Não precisa ser religioso, é para a ~INTEGRAÇÃO~ entre nós funcionários, o resgate do sentido de ~FAMÍLIA~ já que nós aqui ~SOMOS~ uma família".

Óbito
Data: 25/10/11
Hora: 11:00

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Aí tem esse blog que eu acompanho há mais ou menos um ano. A blogueira tem uma visão, ao mesmo tempo, divertida e profunda sobre os fatos da vida, as desgraças cotidianas, os fenômenos sociais e sociológicos, a miséria humana e, como toda uma geração de blogueiros, sobre as merdas da sua própria vida.

Mas no feriado do dia 12 de Outubro ela foi para Buenos Aires e postou no blog dela o quanto a viagem foi uma droga. Assim...

BUENOS AIRES.

BUENOS FUCKING AIRES.

Como, eu me pergunto, COMO alguém consegue não gostar de Buenos Aires? A capital sulamericana da diversão, da comida e da bebida barata, da melancolia chic-decadente, um oásis de cultura mista euro-ameríndia, liberal até dizer chega e, paradoxalmente, apegada às raízes históricas e à tradição? C.O.M.O?

Não sei mais se respeito a tal blogueira depois disso.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Semana passada foi pedreira, trabalhei em cinco dias o que eu não trabalhei em cinco meses. Acabou que o blog ficou às moscas.

Enfim, espero voltar essa semana aos mimimis minimalistas disfarçados de desabafos e histórias engraçadas da minha vida.

Uma bêaj.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quando você pensa que já estava perdendo ou pelo menos melhorando no velho hábito de se sentir culpado por expressar seus pensamentos e desejos, vem a vida e

BAM

dá uma rasteira e te derruba com a fuça na brita.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tive um sonho no meio da tarde e nele eu estava na minha sala no trabalho, só que era uma sala/quarto e tinha a minha cama, na qual eu estava deitado e todo coberto só com os pés para fora.

Eu precisava esconder do chefe, na sala do lado, que eu estava sem calças, então tentava mostrar só os pés, mas a coberta não dava para cobrir o suficiente e sempre aparecia um pedaço da perna. Aí passou uma amiga (a linda da Bru) que olhou para os meus pés e fez uma cara de "ih, isso não está bom, não disfarça nada", torcendo o nariz.

Sei que eu levantei e ouvi uma série de reclamações do chefe, coisas que primeiro ele tinha dito que estavam ok, mas aí de repente mudou de opinião e não estavam mais ok. E uma delas era a altura da música que eu estava ouvindo, que depois virou reclamação da música em si: BRITNEY.SPEARS

Acordei com a porta do quarto abrindo e 1) fiquei feliz de ter sido acordado, e 2) acordei com enjoo, azia e mal humor.
Hoje consegui fugir de cantar no tal ~convite animado~ para o evento que vai ter no trabalho semana que vem. Estou aqui, escondido na minha sala, enquanto os colegas estão no saguão do prédio cantando uma paródia da música mais chata do Roberto Carlos - "É Preciso Saber Viver". Cada um com uma peruca amarela ou um chapéu multicolorido.

(Xô doença eu sei me cuidar, xô doença eu sei me cuidar DESGRUDA DO MEU CÉREBRO, PARÓDIA INFERNAL)

Dei uma olhadinha para baixo, do mezanino do meu andar e me peguei sorrindo... sabe, achei bonita a disposição inclusive daquela colega hiper tímida usando um chapéu de menestrel que as pessoas usam para assistir aos jogos da Copa. Por dois segundos pensei que talvez eu poderia ser diferente e animado e não me importar com o ridículo, mesmo porque é um ridículo controlado, com um objetivo nobre. No terceiro segundo de pensamento me veio a seguinte frase:

"Não, eu não sou assim".

Acho bonito quem é, mas eu não sou.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quero receitas para aprender a não me sentir excluído, rejeitado, deixado de lado. Quem tiver uma fórmula para isso, por favor envie, preciso de ajuda.

Grato.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O dia é 12 de outubro de 2009. Por muito tempo encarei essa data como sendo o último momento realmente feliz da minha vida, já que na mesma semana começaram a acontecer os mais absurdos revéses pelos quais eu passei (listei os principais nessa postagem aqui).

Mas o que aconteceu no feriado de outubro de 2009 para ter essa importância na minha vida?

Muitas pessoas criticam o orkut, mas por meio dele conheci pessoas fantásticas, pessoas que você tem vontade de estar junto. E foi o que um pequeno grupo de ex-orkuteiros, meus amigos, decidiu fazer: uma viagem em conjunto para desvirtualizar a amizade.

Os personagens desse texto: minha companheira blogueira Sílvia, do outro blog onde eu escrevo, uma das aniversariantes de hoje (UM BEIJO PRA TI, DAY K) e o seu namorado Ângelo. E estava também o ex-namorado da minha amiga blogueira, de quem acabamos todos nos afastando (porque amigos são assim: ex-namorado de um é ex-amigo de todos, risos).

Três cariocas e dois paranaenses e um objetivo em comum: curtir o feriado em um lugar divertido e comemorar o aniversário da amiga. Acabamos parando na trifronteira paranaense.

Ah, a trifronteira... Foz do Iguaçu no lado brasileiro, Puerto Iguazu no argentino e Ciudad del Este no paraguaio... as cataratas, as compras, as comidas (bife de chorizo, carne de jacaré, baby beef, doce de leite, presunto defumado...), a cerveja barata na Barraca da Mírian na Argentina, os estrangeiros fazendo estrangeirices no albergue...

O albergue onde nos hospedamos é conhecido por ter "la más grande pileta en la ciudad", a maior piscina de Puerto Iguazu; entre os estrangeiros, é apelidado de "ClubMed dos Albergues". E além disso, muitos estrangeiros, principalmente europeus. Britânicos bebendo cerveja de 750ml como se fosse long neck, suecos brancos como cera ficando vermelhos depois de passear por 10 minutos sob o sol missioneiro, a biscat irlandesa do karaokê...

Numa das noites, de posse de um laptop e com quantidades significativas de álcool no sangue, o povo se animou em começar a cantar e essa irlandesa, certa de que sua linda voz atrairia quem ela quisesse, cantou uma balada que disse ser típica da sua terra... E nós, brasileiros, com o espírito de porco que nos é típico, nos pusemos a cantar um clássico do cancioneiro brasileiro, a música Cadeira de Rodas, de Fernando Mendes. Jurando que era uma música típica do Brasil, com uma letra linda e inspiradora...

Teve o passeio de compras no Paraguai. Eu e minha amiga paranaense temos como diversão.da.vida levar novatos às compras em Ciudad. É lindo de ver os olhinhos deles brilhando ao ver cores e sons e brilhos e luzes que talvez já tenham visto (alô 25 de Março, alô Saara), mas ver tudo isso direto na fonte e mais barato... eletrônicos de última geração que nunca foram lançados no Brasil custando menos do que nossos produtos similares mais simples... é como soltar uma criança numa loja de doces e dizer: "você só pode comprar até X reais de doce heim?". Só sei que teve gente que comprou 15 bolsas e por pouco não teve que explicar na alfândega que não era para revenda, era para consumo pessoal.

E o aniversário. Sim, todo mundo arquitetando e buscando meios de fazer uma surpresa para a bonita... pedimos ajuda de uma funcionária do albergue que recomendou uma confeitaria, lembro até hoje o nome: El Arbol Real. Encomendamos uma torta de massa folhada e dulce de leche com uma vela daquelas espalhafatosas que parecem o clip da Kate Perry, comemos a torta e tomamos Budweiser litrão a míseros R$6,00 (PAGA MEU MERCHAND, BUD). Com o aniversário da Day na Argentina, oficialmente eu fiquei com inveja de quem comemora fora do Brasil, já que não é a primeira amiga que faz isso E EU ESTOU JUNTO.

Voltei para casa com a sensação de ser uma pessoa melhor, com tanta bagagem de diversão e afeto concentrados em tão poucos dias. Feliz. Completo. Sim, até hoje eu considero esse feriado como o último momento de pura felicidade na minha vida, sem estresse, preocupações.

Quero de novo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ah, dia 12 de outubro... lembro de pelo menos duas vezes que esse dia foi memorável... nesta postagem tratarei de uma delas e amanhã tratarei de outra.

Em 2007, comecei um caso com um argentino. Nos conhecemos e logo voltei para o Brasil, ficamos um ano "namorando" via MSN até que no feriado de outubro de 2008 eu fui para Buenos Aires de novo, acertar nossos ponteiros.

Foi.divino.

Conheci a casa dele, conheci o irmão e a sobrinha, conheci o casal melhor amigo dele. Dia 12 de outubro é feriado também na Argentina, comemoram a chega de Colombo à América.

Passamos dias muito românticos, passeios lindos pela costa do Rio da Prata, pelos boulevards arborizados da capital... ele ficou de ir ao Brasil no reveillon e eu esperei.

E esperei.

E ele não veio.

Eu tinha pensado meios práticos de largar tudo e viver um casamento más allá de la frontera e ele não veio. Não aparecia no MSN, não respondia minhas mensagens no celular, nem aos emails. Sumiu. Achei que tivesse morrido até que ele me mandou uma mensagem: "és que yo fui al interior hacer un trabajo y estoy sin acceso a la internet", assim seco, sem os costumeiros te quiero que ele vivia me mandando.

Ainda não tinha completado 30 anos, pensei que seria uma boa viver uma loucura de amor antes disso. Enganei-me. Desde então, loucuras de amor na minha vida só têm espaço dentro de condições restritas, o romance limitado pela prática.

Tem que ser assim.
Acordei meio estranho hoje. Não sei dizer como e na falta de melhor adjetivo, fica o "estranho" mesmo.

Total sem motivo. Ontem tive uma noite muito agradável com alguns dos melhores amigos que tenho na cidade, dei risada demais, bebi talvez um pouco mais do que deveria... meu casamento, depois de uma super depressão semanas atrás, está voltando aos eixos e está tudo bem...


E aí me vem esse sentimento estranho, do nada. Não é tristeza, não é vazio. Tampouco é um sentimento bom. Tento identificar se quero chorar ou não, parece que não quero, não vem o nó na garganta e os olhos não inundam. Não consigo me imaginar contando uma piada também.


Não é saudade também, embora ela esteja sempre presente ultimamente, pois desde julho que não vejo minha família e os amigos do coração que ficaram para trás quando me mudei para cá.


Percebam que estou dizendo como não me sinto em vez de dizer como me sinto. Quando eu estava na faculdade, lembro de uma professora que dizia que fenômenos devem ser descritos positivamente em vez de pela negação de outros fenômenos. Ainda bem que estou falando fora do ambiente científico, porque a única forma de contar sobre o meu sentimento, é explicar os meus não-sentimentos.


Só sei que nas poucas vezes que fico desse jeito, bate forte a vontade de dormir e só acordar em janeiro do próximo ano. Já pode?

domingo, 9 de outubro de 2011

Cena: eu muito pequeno mal sabendo falar direito ainda, minha mãe, minha avó e uma prima em casa e eu correndo pela cozinha e, pelo que me contaram, eu tinha feito alguma má-criação.

Tropeço. Caio. Amolecem-me os incisivos, decíduos [aprendi essa palavra LINDA com o dentista da minha vida <3].

Minha avó: "Viu? Quem desobedece, Jesus castiga!"

Eu: "Ah, vô topeçá jesus tamém!"

Juliano, desafiando dogmas since 1979.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O 2º movimento dessa sonata para piano de Beethoven não sai da minha cabeça a manhã toda.


Piano Sonata No. 8 - Pathétique mov 2 - (Beethoven) from Xemdryam on Vimeo.

Acho que existe um limite entre o sofrimento que dá para a gente lidar escrevendo em um blog e aquele sofrimento que, de tão complicado, não tem como transformar em algo inteligível.

Tenho passado por esse segundo tipo de sofrimento. Talvez este blog entre em recesso por tempo indeterminado.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tinha prometido para mim mesmo que não esconderia nada de como me sinto, não aqui no blog. Mas desculpa, tem coisas que não vou contar mesmo.

Basta que eu escreva aqui que estou com medo. Medo do que pode acontecer no futuro, medo de não conseguir vencer minhas batalhas pessoais, medo de não dar conta de sobreviver.

E sentir medo, especialmente do que acabei de falar, era impensável para mim há dois anos. O ano de 2009, como muitas pessoas me disseram na época, foi o pior da história da humanidade. Foi mesmo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Exemplo de como funciona a mentalidade de um ciumento:

Fato: o peguete de um conhecido do seu namorado liga para ele para pedir conselhos sentimentais.

Na cabeça do ciumento: o cara quer ficar com o seu namorado e, possivelmente, roubá-lo.

Entenderam? É muito simples: você pega um fato isolado, pequeno e bem idiota e constroi intenções onde não existem.

Fim.