sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Vejo sorrisos onde eles não existem, qual é o meu problema, doutor?

Já escrevi, meio por alto, algo sobre minha infância cheia de fantasias (neste texto AQUI). Quase todas as fantasias daquela época já se foram e, com o passar das décadas, novas fantasias "surgiram" para ocupar o espaço e para tornar mais leve a dureza da vida real.

Hoje eu vi uma foto que um amigo (Dudu) publicou numa rede social. Uma foto absurdamente prosaica: o retrato de um componente de computador, com circuitos integrados e marcas de solda e fios elétricos. Rotacionando mentalmente a foto, visualizei um sorriso. A humanização do inumano, a beleza da prosa, a poesia no inanimado.

:)
Chamaram-me de otimista. Enxergar sorrisos entre cabos eletrônicos ou otimismo ou senso estético ou fantasia. Tudo faz parte da estratégia humana para sobreviver à dureza do cotidiano.

3 comentários:

  1. E eu acho essencial que se encontre as flores em mio ao escombro, pra que a vida seja leve e as dores amenas.

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  2. Muito bom encontrar sorrisos escondidos nesse mundo tão cinza.

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  3. eu crio sorrisos onde não tem graça, é o que torna minha vida mais suportável.

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