É um duro combate esse de lutar contra os hábitos tão cimentados no nosso repertório. Mudar hábitos normalmente é uma troca entre a satisfação de um prazer imediato, momentâneo, por um igualmente momentâneo desprazer. Pelo menos na hora do esforço de mudança de comportamento, sobrevem o desgosto, mesmo que depois você se dê conta de que a troca de um hábito por outro (ou pelo silêncio/não-ação) foi saudável para si mesmo e para a sua relação com os outros.
Essa semana, em uma mesa de bar, três pessoas conversávamos. Aconteceu de os três estarmos empolgados planejando uma viagem para o próximo ano e para um lugar que eu já fui e tenho, modestamente, bastante conhecimento. Eis que, no auge da minha empolgação, fui atravessado por um dos interlocutores, que passou a requerer para si o holofote. Com um assunto completamente alheio ao que tratávamos, o que ficou parecendo aquele arranhado da agulha do toca-discos sobre o LP, quando da troca por outro disco.
Optei por me calar, em vez de fazer o que normalmente eu faria: aumentar a voz e dizer "ENTÃO, COMO EU ESTAVA DIZENDO..."
Tive a atenção da plateia abruptamente arrancada. Na hora, o que me veio à cabeça é: será que só eu achava que estava agradando e na verdade não estava e eu sou apenas um chato repetitivo? Preferi não competir por atenção. Vou ter momentos oportunos para voltar ao assunto e para ser laureado pelos outros pelo meu savoir-faire.
Mas confesso que fiquei magoadinho. Mágoa de histérico, sabem? Aquela que dá vontade de fazer um bico e não mais me pronunciar pelo resto da noite. Mesmo a mágoa passou e agora eu sei que calar-me foi a melhor opção. Qual seria meu troféu, caso eu "ganhasse" a atenção dos interlocutores? Nada muito edificante, de todo jeito...
Estarei finalmente amadurecendo? Tomara, tenho 32 anos e uma hora isso tem que acontecer. Fiquem atentos para mais bons comportamentos meus.
Essa semana, em uma mesa de bar, três pessoas conversávamos. Aconteceu de os três estarmos empolgados planejando uma viagem para o próximo ano e para um lugar que eu já fui e tenho, modestamente, bastante conhecimento. Eis que, no auge da minha empolgação, fui atravessado por um dos interlocutores, que passou a requerer para si o holofote. Com um assunto completamente alheio ao que tratávamos, o que ficou parecendo aquele arranhado da agulha do toca-discos sobre o LP, quando da troca por outro disco.
Optei por me calar, em vez de fazer o que normalmente eu faria: aumentar a voz e dizer "ENTÃO, COMO EU ESTAVA DIZENDO..."
Tive a atenção da plateia abruptamente arrancada. Na hora, o que me veio à cabeça é: será que só eu achava que estava agradando e na verdade não estava e eu sou apenas um chato repetitivo? Preferi não competir por atenção. Vou ter momentos oportunos para voltar ao assunto e para ser laureado pelos outros pelo meu savoir-faire.
Mas confesso que fiquei magoadinho. Mágoa de histérico, sabem? Aquela que dá vontade de fazer um bico e não mais me pronunciar pelo resto da noite. Mesmo a mágoa passou e agora eu sei que calar-me foi a melhor opção. Qual seria meu troféu, caso eu "ganhasse" a atenção dos interlocutores? Nada muito edificante, de todo jeito...
Estarei finalmente amadurecendo? Tomara, tenho 32 anos e uma hora isso tem que acontecer. Fiquem atentos para mais bons comportamentos meus.
ás vezes me identifico com o que vc escreve aqui no blog. sou assim de vez enquando, querer ganhar a atenção.
ResponderExcluirdesisti de atenção, mas olha, te entendo hahahaha
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