quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A lágrima que não rolou


Na aula de yoga ontem aconteceu algo muito estranho: tive o começo de uma pequena crise de choro.

Estava eu lá numa das últimas posturas antes do relaxamento, me esforçando para não pensar em nada, relaxar os músculos da face e manter a respiração, quando de repente me vieram uma dezena de imagens à memória. De amigos, familiares, lugares, antigos amores.



E sobreveio então o inesperado: algo como uma sensação de não-pertencimento. Fiquei tentando imaginar lugares confortáveis, um ninho que tivesse o meu cheiro. Não consegui imaginar. Só ficou o sentimento de que não me sinto aninhado em lugar algum.

Segurei o choro, prestei atenção à música e depois abri os olhos, contrariando a recomendação da professora. Olhei o teto até o fim da aula, com o nó na garganta.

3 comentários:

  1. Gente, abraço coletivo aqui, urgente!
    Sabendo que teu aniversário tá chegando, uso contigo a mesma desculpa que me aplico a mim mesma (ainda que eu não acredite em nada disso) dias de véspera de aniversário = inferno astral. A sensação de inadequação, de não ter pra onde ir, uma melancolia inexplicável surge e se nega a ir embora. Real ela é, porque mesmo imotivada, dói. Só tenta lembrar que ela é passageira, e não se deixe acostumar com isso - é absurdo como essas tristezas nos envolvem e fazem casa rápido. Melhoras, menino.

    ResponderExcluir
  2. Será que demora muito até alcançar o nirvana?

    ResponderExcluir