quarta-feira, 18 de abril de 2012

Escritos Não Enviados

Caro Marcelo:
Eu gostava muito de conversar contigo sobre as amenidades do dia a dia, você era inteligente e sensível. Tentei te encontrar depois que passou o tumulto em casa sobre minha vida afetiva/sexual, mas perdi seu rastro. Espero algum dia ainda encontrar a foto que você me mandou, usando pantufas de monstro e segurando seu basset hound. Às vezes acho que eu poderia ter me apaixonado perdidamente por você.

Caro Marcus:
Você mentiu para mim, mas tudo bem, eu menti para você também. Sua importância na minha vida, entretanto, é clara: depois de te conhecer, tive coragem de parar de fingir ser o que não sou. Contraditório, não?

Caro Ânder:
Aprendi com você que as pessoas são capazes de falar qualquer coisa para levar alguém para cama. Lição valiosíssima, com recurso audiovisual: aprendi isso VENDO você falar para outro o que falava para mim. Você sabia mesmo como fazer alguém se sentir único e fazia isso com todo mundo.

Caro Gê:
Um ano indo na sua casa somente para sexo. Às vezes penso que isso era mais maduro do que todos os relacionamentos que tive, antes e depois.

Caro Clayton:
Eu tinha só 20 anos e nada na cabeça e você já tinha 36 e muitas coisas na cabeça. Chifres, inclusive. Desculpe-me. Eu queria ver o mundo e você queria se assentar no mundo, objetivos incompatíveis demais.

Caro Sr. Estadunidense:
Você é surpreendentemente muito parecido com meu irmão, física e emocionalmente. Sorte nossa que não deu certo, não lido bem com incesto.

Caro Homem Bom:
Foi graças à você que aprendi a arriscar na vida. E a me mexer para sair da minha zona de conforto. Obrigado e me desculpe pela pequena vingança que cometi, anos depois de terminarmos. Mas você mereceu.

Caro Loirinho:
Você foi, de longe, o melhor namorado. Em quase todos os aspectos. Ainda me sindo absurdamente mal por ter, sem muitos motivos, terminado contigo. Espero que o perdão que você me dispensou, no reveillon 2009/2010, seja sincero, eu preciso disso para me perdoar também.

Caro Cabeção:
Desculpe-me por não conseguir ser teu amigo depois de terminarmos. Quer saber? Não precisa me desculpar não, muitas outras pessoas concordam que você não é lá grandes coisas como amigo também, assim como não foi enquanto namorado. Mas você tentava, pelo menos. Continue tentando. Ah, e pare de me mandar emails religiosos (se bem que eles caem na caixa de spam mesmo).

Caro Loirão:
Meu desejo sincero é que você sofra. E pelo amor de Santo Aurélio Buarque de Hollanda: APRENDA A FALAR CERTO.



13 comentários:

  1. que namorados que voce teve hein. queria saber como voce se vingou do homem bom. ADORO vinganças. rs

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  2. pelo menos 3 vezes mais namorados do que eu já tive na vida.

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  4. muitos namorados, que biscate

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  5. Disse antes e, depois de ler, continuo pensando a mesma coisa: ME lembra "As cartas que não mando". Qualquer dia desses imito você e faço igual, hahaha.

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  6. "Você foi, de longe, o melhor namorado" POLEMICA

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  7. Adorei, qualquer dia faço isso também. Deixa só a contagem passar a incrível marca de... 2.

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  8. Lágrimas me vem aos olhos de tanto rir. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    O loirão foi soda, merece mesmo um Aurélio (bom pra burro).

    Como diria a sábia filósofa Magda: Isso é muito bom pra depilar o fígado.

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  9. Oh, meu pai! Como você e sua inteligência fazem falta aqui no sul. (Alan Vini)

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  10. eu sempre mando todas as cartas. sou cretina?

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