segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Neste fim de semana me lembrei de quando voltamos da Bahia para o Paraná, para morar por um ano em Guarapuava.

Mais de 2.500km em um carro com pai+mãe+avó+irmão+eu e chegamos naquele lugar desconhecido. A cidade ainda tem um ar de província, com uma pequena área no centro que ainda preserva o casario da época que o lugar era uma parada de tropeiros, ruas de paralelepípedo, uma igreja matriz com toda a pompa colonial de ser uma imitação muito exagerada (beirando o cafona) da catedral na capital, as feições das pessoas que lembram uma vila da Europa Oriental. Tudo muito diferente da árida Chapada Diamantina, onde eu tinha morado os três anos anteriores.

Vista da Igreja Matriz de Guarapuava

Construção do século 19, centro de Guarapuava.

E exatamente no dia da chegada, tive uma das minhas muitas manifestações de enjoo. Enquanto todo mundo foi para a casa nova, apreciar o que eu considero como o lugar mais aconchegante que eu já morei e correr atrás de prepará-la para a chegada da mudança, fiquei trancado no quarto do hotel, esverdeado, vomitando o que não tinha mais no estômago.


Acho que meu corpo nunca lidou bem com mudanças. Talvez eu só vá ter tranquilidade quando eu puder nunca mais passar por surpresas na vida.

Um comentário:

  1. Achei almodovariano o contraste entre a estética colorida e iluminada na fotografia com a narrativa semi-escatológica rejeitando mudanças. Love it!

    ResponderExcluir